Miguel Martins, Gustavo de Souza e Arthur Gabriel iniciaram suas carreiras no Sesc-DF, na modalidade de futsal. Juntos, os três possuem algo em comum: são adolescentes que se destacaram no cenário esportivo do DF a partir da escolha de jogar a Copa Sesquinho, ainda entre os 4 e 6 anos. Os jovens atletas moram na periferia de Ceilândia e encontraram no esporte uma maneira de estar totalmente fora da realidade de muitos adolescentes, que acabam por se envolver com drogas e criminalidade.  Alguns disputaram o campeonato Taça Brasil, em João Pessoa, recentemente.  

 

Arthur Gabriel. Foto: Divulgação.

Para o diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo, o objetivo maior é proporcionar aos nossos atletas o senso de coletividade, disciplina e congraçamento entre todos. “Queremos que eles possam desenvolver todas as suas potencialidades, não só as físicas e desportivas, que também são importantes, mas todas as outras como necessárias à sua formação, tais como: liderança, disciplina, sociabilização e respeito ao adversário", disse.  

A fase é tão boa que Miguel garante ser o melhor momento de sua vida. "Lá no Sesc de Ceilândia eu ganhei a Taça Brasília e fui chamado para jogar a Taça Brasil, em João Pessoa. Foi a melhor viagem da minha vida, fiz amigos, muitos gols e atualmente estou jogando na Candanga”, disse o garoto.  Já o goleiro Arthur, de 16 anos, integra um time de peso em Brasília e acredita que o esporte transforma vidas. “Às vezes a pessoa não tem condições e o esporte é uma saída das coisas eradas. É uma oportunidade de tirar os jovens das drogas e acaba sendo muito importante, porque traz também qualidade de vida”, explicou. O Sesc trabalha ativamente nas aulas de futebol diversos conceitos, sempre com o intuito de identificar atletas com potencial para atingirem o alto desempenho. Os profissionais da instituição têm a importante missão de compreender os fatores mais relevantes durante a formação esportiva desses atletas talentosos.

Gustavo também confessou à equipe do Sesc que teve a vida transformada no futebol. “Acho que os treinos me fazem ficar mais disposto, me fazem feliz. Tenho o privilégio da maioria dos meus amigos também serem atletas. Temos a mesma vontade, de continuar e ingressar em times profissionais”, disse Gustavo de Souza, de 14 anos, que iniciou a carreira no futsal aos 5 anos.