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Muros da unidade do Sesc no Gama ganham novos desenhos de grafite

'​​​​​​Por meio do projeto Arte Sesc, os muros do teatro Paulo Gracindo, localizado na unidade do Sesc no Gama, receberam novos desenhos para colorir ainda mais o espaço e fomentar a prática do grafite....'

Publicado em 03/10/2021 00h00 Atualizado em 03/10/2021 00h00
​​​​​​Por meio do projeto Arte Sesc, os muros do teatro Paulo Gracindo, localizado na unidade do Sesc no Gama, receberam novos desenhos para colorir ainda mais o espaço e fomentar a prática do grafite. A iniciativa do Sesc-DF, em parceria com o Sesc-GO, trouxe no sábado (2), a artista brasiliense Camilla Siren e o artista goiano Valdecy Ferreira, conhecido como Decy Graffiti, para estamparem seus desenhos. A obra coletiva através da percepção e sensibilidade dos dois permitiu a criação de artes urbanas que chamam atenção de quem passa na frente do teatro. 

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O projeto Arte Sesc, por meio da circulação nacional de exposições, ações educativas e de intercâmbio, fomenta a difusão das artes visuais e a implementação do programa de arte educação na linguagem. A diretora de proteção social para mulheres da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Daise Lucy, esteve na unidade para acompanhar o trabalho dos artistas e explicou que diversas ações do Sesc colaboram para transformações sociais nas cidades satélites do DF. “O Sesc é uma instituição que traz grandes realizações. Projetos como esse realmente promovem a transformação social, troca de saberes, cultura e lazer. Por tudo isso, é uma instituição que deve ser honrada e reverenciada por todas essas realizações que trazem para nossas comunidades”, disse. A diretora também ressaltou que várias artes urbanas estão presentes no dia a dia das pessoas. “O grafite, por exemplo, está no cotidiano da nossa comunidade. Os jovens são nossos grandes protagonistas nos muros, nas casas e nas telas”, explica Daise.

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O analista de cultura do Sesc-DF, Leonardo Braga, vibrou com mais uma ação do projeto e reforçou que o objetivo é permitir que ações de artes visuais transitem em outros domínios de ocupação artística para além das galerias de arte. “Neste sábado, realizamos uma intervenção de grafite no Sesc do Gama, com a presença dos artistas Decy e Camilla Siren. Esse projeto faz parte do Arte Sesc que é uma atividade do departamento nacional do Sesc, em parceria com as regionais. Nesse caso especificamente estamos realizando um intercâmbio cultural com um artista de Goiânia e uma artista de Brasília”, disse Leonardo.

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​A artista Camilla Siren, 24 anos, contou que arriscou seus primeiros passos há 8 anos nos muros da cidade de Sobradinho e na W3 sul. Ela disse que a experiência de grafitar nos muros da unidade, por meio do projeto Arte Sesc, é um incentivo para seu trabalho e reforçou que ter seu desenho estampado na rua pode servir de inspiração para outras mulheres e artistas. “É uma coisa de representação. A arte tem muito esse poder de ser uma ferramenta de identidade. Então eu acho que a partir do momento que eu sou uma mulher e você tenta tomar essa narrativa que sempre foi no mundo da arte feita por homens, ou seja, retomar isso é uma forma de virar o jogo, começar a contar a sua história. Quanto mais mulheres estão pintando, mais mulheres vão pintar. É um pensamento gigantesco. Estou pintando hoje porque eu vi duas, três amigas grafiteiras que me inspiraram e isso se perpetua”, disse Camilla. 

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Um dos veteranos no grafite, Decy considera que grafitar nos muros do teatro do Sesc-DF é uma grande oportunidade. O artista ressaltou se tratar de uma arte ainda bastante criminalizada.  “Saber grafitar é um dom. Eu comecei acompanhando meu filho, foi por causa dele. Aí fui aprendendo, observando e também percebi que gostava. A gente começou em muros e espaços que davam para pintar. Até depois de algum tempo comecei a desenhar em espaços maiores”, disse. Para ele, os artistas precisam ter amor pelo que fazem para que o trabalho não acabe ou o sonho de grafitar termine cedo. “Eu digo que eu faço com amor. Eu gosto e digo para quem tem interesse em grafitar que tem que ter amor pelo que faz. A iniciativa do Sesc valoriza nosso trabalho”, reforça o artista.​​

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